Em alemão Nebelung significa criatura das brumas. O nome não poderia ser mais apropriado para esse gato de longos pêlos cinzas que, com certeza, lembra um nebuloso dia de Inverno.
No entanto, ele não surgiu na Alemanha, mas sim em Denver, nos Estados Unidos. Nos anos 80 uma gata sem raça definida de pelagem preta cruzou com um mestiço de angorá e deu a luz a duas gatinhas de pêlo curto e um macho de pelagem longa. Uma dessas gatinhas, Elza, por sua vez, cruzou com um gato muito parecido com o Azul da Rússia e, na ninhada, se destacou um lindo gatinho azul de pelagem semi-longa que veio a ser adotado por Cora Cobb que o batizou de Siegfried. Elza e o gato azul tiveram outra ninhada e dentre os filhotes havia uma linda gatinha com pêlos ainda mais longos e claros que o de Siegfried. Cobb a adotou e chamou-a de Brunhilde. Siegfried e Brunhilde, por sua vez, cruzaram e tiveram uma ninhada de três gatinhos de pêlo semi-longo azul.
Cobb decidiu então recriar o extinto Azul da Rússia de pêlo longo e chamá-lo de Nebelung.
Esses gatos são bastante afetuosos com seus donos. Com estranhos, no entanto, podem ser tímidos em um primeiro momento. É uma raça ideal para famílias com crianças maiores e idosos.
Se adapta bem a outros gatos desde que esses não sejam muito ativos. Por gostar de tranquilidade não são os gatos ideiais para conviver com cães ou crianças muito pequenas.
O padrão da raça é idêntico ao do Azul da Rússia, apenas distinguindo-se dele pelo tamanho da pelagem que no Nebelung deve ser semi-longa. Seus olhos são verdes, como o do Russian Blue, mas quando filhotes eles podem ser amarelados.
Segundo uma lenda norueguesa, o Norwegian Forest é um animal misterioso e encantado, aparecendo como protagonista nas fábulas nórdicas escritas entre 1837 e 1852.
O que se sabe ao certo é que esta é uma raça muito antiga. É possível que em seus antepassados figurem gatos de pêlo curto trazidos da Inglaterra pelos Vikings, que se acasalaram com gatos selvagens.
O Norwegian Forest foi reconhecido na Noruega em 1930 e apresentado pela primeira vez numa exposição em Oslo, em 1938.
Talvez nenhuma outra raça tenha um aspecto tão selvagem como o Norwegian Forest.
A necessidade de se abrigar durante os invernos frios da Escandinávia tranformou seu manto num cobertor macio, protegendo-o do vento e da neve. Além disso o manto mantém o calor, secando após cerca de quinze minutos. Para proteger-se do frio este gato também se serve do abundante “colarinho”.
As necessidades de sobrevivência também tornaram o Norwegian Forest um gato cauteloso, inteligente e grande caçador.
A personalidade desta raça apresenta traços de afetuosidade e independência. O Norwegian Forest requer escovação ocasional, pois, apesar de compridos, os pêlos dificilmente se embaraçam. Como todos os outros gatos, ele passa por uma mudança de pêlos uma vez ao ano.
Esta raça adora grandes espaços. Uma característica curiosa deste felino é descer das árvores em espiral, de cabeça para baixo.
Fonte: PetSite