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Insuficiência renal em gatos: cada vez mais comum. Por quê?

É cada vez mais comum gatos serem acometidos com a famosa insuficiência renal crônica. Por que será? O que está acontecendo para esse quadro estar tão presente na vida dos felinos? Para entender melhor e saber como se prevenir, eu conversei com o veterinário especialista em felinos, Dr. Reginaldo Pereira.

Antes de tudo, eu pedi para ele me explicar se há um fator influenciador para este número crescente de casos clínicos de insuficiência renal felina. Para ele, existem algumas hipóteses, como viroses, vacinas e alimentação muito seca. Opaaa gateiras!!! Atenção aí. Chamou-me atenção quanto ao alimento úmido. Acredito que a maioria das gateiras ficarão agradecidas com esta super dica do Dr. Reginaldo.

“A prevenção basicamente é sempre fornecer bastante líquido ao gato, tanto com água pura, como acondicionar alimentos úmidos à ração diária”, complementa.

Esta doença se apresenta mais em animais idosos a geriátricos, dependendo da raça do felino. Ela pode iniciar-se aos 8 anos de idade. O tratamento é pelo resto da vida, por ser uma doença irreversível e progressiva. Mas é bom lembrar que pode aparecer em qualquer idade.

Os exames periódicos podem dar muitos sinais da saúde de seu animal, por isso não hesite em fazê-los. “Dosagens sanguíneas, de creatinina e uréia, assim como simples exames, já podem detectar a doença”, alerta Reginaldo.

Sintomas

Vários sinais podem alertar: vômitos diários, diarreia, pelo sem brilho, falta de apetite, ingestão de água (na tentativa de retirar da corrente sanguínea os resíduos que os rins não têm mais capacidade de eliminar através da urina), aumento das vezes que faz xixi na caixa de areia, feridas na boca, mau hálito, fraqueza. Para os gatos que sofrem de pressão alta, esta doença pode comprometer a visão.

Curiosa como uma boa felina, perguntei ao Dr. Reginaldo se os gatos que já têm essa predisposição genética podem “cruzar”. Ele me disse que existem doenças já comprovadas que são de caráter hereditário, como a renal policística, e, nestes casos, não é aconselhada a procriação.

Tratamento

Para os gatos com a doença mais controlada, o veterinário indica ração com baixo nível de proteína, fósforo e sódio, para reduzir a sobrecarga dos rins. Medicamentos também são usados para controlar as náuseas, o desequilíbrio mineral e eletrolítico, a pressão sanguínea alta e as deficiências hormonais que acomete os felinos. Reginaldo chama atenção também para a água mais uma vez. “Dar sempre água fresca para o animal”. E o mais chato, o veterinário pode ensinar ao tutor como fazer a aplicação de soro sob a pele, a terapia líquida subcutânea, mais conhecida como “soroterapia”. Meu irmão Feliciano está sob este tratamento.

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