Gatos
Aspectos sociais de uma colônia
Antes de iniciar atividades de C.E.D em uma área urbana, é necessário analisar a estrutura social da colônia a ser trabalhada e dos focos que constituem a mesma.
A colônia é a área principal onde os gatos residem. Pode ser um bairro, um terreno, matagal ou um prédio em ruínas Os focos são pequenos grupos, que podem ser formados por machos jovens ( geralmente irmãos ), fêmeas e seus filhotes e machos adultos que intercalam diferentes focos dentro de uma colonia para reproduzir.
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um de nossos focos familiares, mamãe à direita e seus 3 filhotes |
Cada foco possui suas particularidades. Horários em que os animais estão mais ativos e onde e como conseguem alimentos são informações primordiais para a organização das capturas, uma vez que os gatos serão atraídos para os locais onde se sentem mais seguros, dentro de horas já estabelecidas por eles.
Um exemplo claro é a nossa Colônia do Reviver, onde os gatos são alimentados as 16:30, todos os dias, com restos de comida de um restaurante proximo e foi neste horário que realizamos a grande maioria de nossas capturas de forma bem sucedida, apostando na necessidade e rotina de alimento destes felinos ariscos.
Colônias de ferais possuem características ainda mais distintas, uma vez que não são vistos quando há movimentação de pessoas ao redor, aparecendo às madrugadas ou começo da manhã. A observação dos hábitos dessas colonias e focos devem ser feitas com maior atenção e cautela, já que visitas podem afastar os animais. Uma medida para impedir a mudança ou stress dos mesmos é sempre deixar alimento disponível após cada visita, criando uma nova rotina de associação positiva e favoreça a captura. Nestes casos utiliza-se nestes casos, da gatoeira de metal, que dispara sozinha, se não houver local para esconderijo da pessoa responsável pela drop trap.
Geralmente no caso de captura de ferais com a drop trap, permanecemos dentro do carro, em silêncio, aguardando a aproximação dos gatos com isca de sardinha, acionando a armadilha quando os mesmos são atraídos e se posicionam apropriadamente para a captura. Com gatos ariscos é possivel uma distanciamento, sem camuflagem.
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macho reprodutor da Colônia das Ruinas, capturado com gatoeira de metal |
Gatos machos são os mais difíceis por sua própria natureza errante para ampliar territórios e o número de fêmeas submissas e filhotes dentro das colonias. Ao contrário dos leões, que se estabelecem em um único bando composto de fêmeas e seus filhotes, é raro que um macho permaneça em um foco, já que, ao sentir uma gata no cio, ele pode percorrer vários quilômetros de distancia apenas para acasalar. A melhor estrategia para captura de um macho é manter alimento e água disponível nos focos e monitorar os horários em que eles aparecem. Para este individuo, que necessita constantemente de alimento e um local seguro para descansar, estes pontos de alimentação são essenciais.
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exemplo de organização social de uma colônia |
Apesar de não permanecerem em somente um local dentro das colônias, machos estranhos não se toleram, havendo demostrações de dominância pelo arqueamento do corpo, miados e rosnados. As brigas ocorrem em ultimo caso quando somente a demostração de tamanho e força não são necessários para afastar os intrusos, já que ferimentos representam impossibilidade de locomoção, alimentação e reprodução, deixando o macho vulnerável a ataques e perda de fêmeas.
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demonstrações de hostilidade entre machos não-castrados |
Este mesmo macho, ao ser capturado, terá um papel essencial, juntamente com todo o seu foco, de afastar gatos não-castrados e defender os residentes, impedindo que intrusos permaneçam na colonia, mantendo o número dos felinos do local estável.
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um foco familiar com macho residente #37 |
A importância da castração de TODOS os membros de uma colonia ou foco está justamente na fixação dos mesmos em um local especifico, já que um unico macho não-castrado pode se distanciar da colonia, arriscando-se em outro território atrás de fêmeas não-castradas e uma femea não-esterilizado irá fazer o mesmo, aumentando a população de gatos em outros locais que podem não ser monitorados e beneficiados por ações de C.E.D.
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integrante do "Foco do Restaurante", onde 9 ferais, machos e femeas de diferentes idades, foram capturados e esterilizados |
Gatos de um mesmo foco, mesmo que não sejam aparentados, mantém entre eles um elo de respeito e tolerância. É aí que ressaltamos a importância da devolução dos gatos a seu exato local de origem, sempre que possível. Além da preocupação com fonte de alimento, água e abrigo neste novo local, deve-se pensar na integridade física do gato introduzido, já que o mesmo será expulso e agredido pelos residentes.
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o nosso "foco dos filhotes" , formado por gatos não aparentados, mas de idades próximas |
Estas brigas podem causar ferimentos sérios e até mesmo morte por atropelamentos, já que um gato sendo enxotado por outros, dificilmente será cauteloso antes de jogar-se nas ruas, em fuga.
A perda de um ou mais membros pode desestruturar completamente um foco e até mesmo extingui-lo.
Animais sem grupo irão vagar entre os focos, mesmo castrados, em busca de comida e água e ficam mais vulneráveis à agressão dos gatos de focos vizinhos e intrusos não-castrados.
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parte de um dos focos do Reviver |
Focos são um bom indicativo do equilíbrio social de uma colônia, além de facilitar o trabalho de cuidadores destes animais, quando se mantém em um local estabelecido, com rotinas, tornando mais simples a monitoração dos indivíduos e intervenção no caso de doenças ou outros problemas que prejudiquem os gatos.
Uma grande parte do trabalho de C.E.D é manter os animais em seus locais de origem, da forma mais segura possível, garantindo assim a integridade dos mesmos.
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